As dez melhores crônicas de George dos Santos Pacheco para ler na Internet

 

George dos Santos Pacheco é professor, escritor e membro da Academia Friburguense de Letras. Autor de nove livros, entre eles os romances "Uma Aventura Perigosa""O Pacto" e o recente "O mundo é pequeno demais para nós dois", assina também o conto "A Dama da Noite", adaptado em 2014 em um curta metragem homônimo. Há cerca de um ano à frente de uma coluna quinzenal no Portal Multiplix, em Nova Friburgo, região serrana do Estado do Rio de Janeiro, Pacheco tem feito sucesso com suas crônicas bem humoradas sobre o cotidiano e as relações humanas. Sua escrita se caracteriza por um estilo "leve, simples e direto", bem temperada com boas doses de ironia e sarcasmo – e um jeito único de prender o leitor até o final da história.

Selecionamos as dez melhores crônicas de George dos Santos Pacheco para ler na Internet que provam que o autor, antes mesmo de assoprar quarenta velinhas, tem talento de sobra para se firmar como sua leitura diária ou autor de cabeceira.

1 – O dente quebrado

"Apesar de alguns defenderem com unhas e dentes que Leonardo da Vinci teria sido o inventor da bicicleta, o veículo foi concebido, na verdade, pelo Barão Karl Von Drais em 1817, e é considerado, atualmente, o meio de transporte mais utilizado no mundo. "

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Uma crônica espetacular sobre os nossos infortúnios de cada dia e nossa capacidade de superação. Envolvente e reflexivo.

2 – Uma história perfeita

"O ser humano vive, basicamente, de contar histórias, caros terráqueos. Não acham? Ora, a gente passa o dia inteiro contando histórias, todos os dias e desde a época das cavernas. E se o homo sapiens inventou um lance em que há oportunidade, por excelência, de conhecer causos dos mais variados possíveis, este é, sem sombra de dúvidas, o churrasco.”

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Um texto muito divertido sobre bate papos, conversa fiada e o comportamento social!

3 – Síndrome de Jânio

"A garotada mais jovem, andando para cá, para lá e acolá, com seus smartphones na mão, não faz ideia de como era difícil ter um aparelho telefônico. Eu lembro que ostentar um telefone fixo em casa era uma fortuna – isso sem mencionar a conta mensal, é claro. Nessa mesma época, os adolescentes caminhavam nas ruas com um rádio sobre os ombros, o tal do minisystem (que de mini não tinha nada). Era uma onda. Daí veio a tecnologia e juntou tudo num aparelho só: rádio, internet, vídeo game, telefone... Eles não sabiam, mas estavam chocando um ovo de cobra no sovaco. Criaram um monstro."

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Uma crônica incrível sobre as relações humanas e a sua sinceridade.

4 – O último verso "Quando eu era garoto, teve uma propaganda de fim de ano na TV que me marcou até hoje. Era 1987. Airton Senna ganhara o GP de Mônaco, Drummond nos deixava e o Brasil era palco do maior acidente radiológico fora de unidades nucleares. Foi um ano bem agitado, mas nada, nada disso, nem mesmo a abertura do Fantástico, foi capaz de me impressionar tanto quanto aquele jingle publicitário."

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Trata-se de um texto publicado sobre as Festas de fim de ano, promessas, resiliência e perseverança. Quem não se anima a engatar aquela dieta depois dessa?

5 – Uma proposta indecorosa

"– Senhora, eu falo da Money Talks More High – Assessoria Financeira. Como vai? – disse a atendente de telemarketing do outro lado da linha, numa voz melodiosa em tom mezzo-soprano. A ligação pegara a mulher no meio de um emaranhado de tarefas, entre relatórios de pagamentos, deduções e retenções, planilhas e documentos de clientes. Suspirou, incomodada."
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Uma crônica bem humorada sobre as terceiras intenções – de toda espécie. Difícil não se identificar!

6 – A ressonância das coisas

"Segundo a tradição islâmica, Maomé foi levado pelo Anjo Gabriel numa viagem noturna entre Meca e Jerusalém, de onde ascendeu aos céus. Conta-se que tendo o profeta saído da tenda montado ao mítico cavalo Al Buraq, cujo passo era “tão veloz quanto o alcance dos olhos”, este esbarrou em um jarro com água e, quando retornaram, o jarro ainda estava caindo. A água sequer havia sido derramada."

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Não é demais salientar que Pacheco nunca aborda um único assunto em seus textos. Este trata-se de uma crônica feita para o aniversário do Portal Multiplix, onde o autor mantém sua coluna, mas ele aproveita para falar sobre a importância que damos ao nosso tempo e nossas relações. Simplesmente magnífico!

7 – La garantía soy yo

"Nelsinho era um camarada todo apresentado. De baixa estatura, bom de bola e extremamente popular, gostava de chamar a atenção no pátio da escola, falando alto pelos corredores e fazendo piadas com os mais fracos. Estava sempre com a galera, a patota, a corriola, aquele sodalício banal de garotos indiferentes e sátiros. Para ser franco, bem franco mesmo, Nelsinho era bastante chato."

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O texto nos leva para o dia a dia de uma escola para abordar a resiliência e a autoconfiança.

8 – A paixão secreta

"O marido jamais desconfiara de nada. Os filhos, tampouco. Era um segredo que pretendia levar para o túmulo – e ai de quem atravessasse seu caminho para impedi-la. A mulher era jovem, trinta e poucos anos, cabelos castanhos na altura dos ombros, bonita e charmosa. Simpática. Qualquer um desviaria o olhar em sua direção. Mas ela... mulher de família, recatada e do lar, ela tinha um nome a zelar."

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Todos nós temos segredos, mas nem tudo é o que parece. Este é o mote dessa crônica divertidíssima!

9 – O piloto automático

"Ontem saí do trabalho exausto. Estava uma correria danada: além das atribuições a que sou responsável, outras surgiram ao longo do dia e eu tive que dar conta. Mas, enfim... entre mortos e feridos, salvaram-se todos, com a devida permissão para o chavão. Entrei no carro, liguei-o e deixei o óleo circular por um tempo. Até minha casa, foram cerca de quinze minutos."
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https://bit.ly/3x2ogFs

Um texto sobre o automatismo das relações e a indiferença. Vale à pena a reflexão.

10 – A primeira vez em que eu quase morri

"Uma experiência de quase morte não é algo muito fácil de esquecer, sobretudo quando se tem 16 anos. Nessa época, eu era um rapaz latino-americano, franzino e com algumas espinhas na testa. É verdade, era mais do que eu desejava, se é que alguém deseja ter espinhas. Eu era o típico adolescente: cheio de sonhos, impulsivo e medroso. Mais medroso que impulsivo, aliás."

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Uma crônica espetacular sobre a adolescência e os poderes quase mediúnicos de uma mãe. O texto valeu a George a  conquista do primeiro lugar no I Concurso Literário da Câmara Municipal de Nova Friburgo.

Fonte: Farofa Literária 

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