Em seu novo romance, George dos Santos Pacheco combina literatura policial com o desastre climático de 2011
Com lançamento em 02 de dezembro, em Nova Friburgo, “Perdido” traz história publicada em formato folhetim entre 2022 e 2023, narrando os momentos que antecederam o desastre climático de 2011.
Após cinco romances, colaborações em antologias e diversos prêmios literários, George dos Santos Pacheco publica “Perdido” (Clube de Autores, 2024), um romance policial cujo pano de fundo é Nova Friburgo nos dias antecedentes à tragédia de 2011. Na trama, X é um personagem misterioso que se vê inesperadamente envolvido em uma série de crimes que se tornam cada vez mais complicados e enigmáticos, tornando-se obcecado pela busca por seu autor. A narrativa é capaz de capturar o leitor desde o primeiro episódio.
A região serrana do Rio de Janeiro foi alvo da maior tragédia climática da história do Brasil, quando as chuvas de 11 de janeiro de 2011 resultaram em mais de 900 mortos e quase 100 desaparecidos. Em um intervalo de apenas três horas, o volume de água excedeu o esperado para todo o mês, ocasionando deslizamentos e alagamentos. Cerca de 35 mil pessoas perderam suas casas ou precisaram evacuá-las devido ao risco iminente de desabamento. Segundo informações do Ministério Público, pelo menos 99 vítimas seguem desaparecidas até hoje.
Influenciado pelos conceitos do nouveau roman, movimento literário que descreve os experimentos estilísticos de alguns escritores, que criam um estilo essencialmente novo a cada romance, Pacheco utiliza com maestria diversos recursos estilísticos nesta nova obra, cuja história segue uma ordem cronológica, mas tem uma estrutura não linear, provocando tensão no leitor até o desfecho da trama, como numa espiral surpreendente até o clímax do livro.
No prefácio, do professor Robério Canto, George confirma nesse seu novo livro as qualidades que já tinha demonstrado em obras anteriores. “Ao recriar o real, a literatura produz uma catarse, isto é, uma descarga emocional, uma explosão de sentimentos, uma liberação de energias reprimidas. Essa catarse é uma das mais profundas necessidades humanas, pois nos permite expressar o que há de mais enraizado em nós: amor, ódio, ciúme, inveja, ambição, egoísmo, idealismo, compaixão... Assim, ao penetrarmos nesse abismo profundo, somos levados a entender melhor o próximo, o mundo e, mais importante ainda, a nós mesmos. ”.
George dos Santos Pacheco é natural de Nova Friburgo, Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro. É autor de quatorze livros, entre eles o aclamado thriller de suspense O Pacto, tendo estreado na ficção com o romance O fantasma do Mare Dei, em 2010. Laureado em diversos concursos literários, também escreveu os livros de contos Sete - Contos Capitais, o infantil As aventuras de Frog, o ratinho, o erótico Uma Aventura Perigosa, além da autoficção O mundo é pequeno demais para nós dois. Assina ainda os contos A Dama da Noite e Tarde demais para Suzanne, adaptados para curtas-metragens em 2014 e 2024, respectivamente. Em 2022, publicou o romance histórico O fabuloso Dr. Palhares, em parceria com a historiadora Janaína Botelho.
O livro tem lançamento marcado para 02 de dezembro, às 18 horas, na Cafeteria Grão Raro, no Centro de Nova Friburgo, e já está em pré-venda no site do Clube de Autores.
Serviço
Perdido, de George dos Santos Pacheco
Clube de Autores
280 páginas
R$ 43,12
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